Tradução da Bíblia
Que a palavra de Cristo habite ricamente em vocês. Instruam e aconselhem-se mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus com salmos, hinos e cânticos espirituais, com gratidão no coração.
(Colossenses 3:16)
Porque traduzir a Bíblia?
Descubra como a Bíblia tem sido um instrumento de transformação global
A Bíblia exerce uma influência profunda e incontestável em todas as dimensões da humanidade. Para nós, da Missão Pioneiros da Bíblia, essa relevância vai além, por isso ela está presente até em nosso nome. Reconhecemos a Bíblia como a Palavra de Deus, nossa autoridade máxima e o alicerce de tudo o que cremos e vivemos.
Seria incoerente com a nossa razão de existir aceitar passivamente a ideia de um mundo em que a Bíblia estivesse disponível apenas em suas línguas originais — hebraico, aramaico e grego — ou em poucas línguas nacionais. Pior ainda seria imaginar um mundo completamente sem a Bíblia. Essa realidade contraria o que a própria Bíblia afirma ser o desejo de Deus para a humanidade — que ela O conheça e ame verdadeiramente. Por isso, entendemos que a Palavra deve ser acessível a todas as pessoas.
Traduzir a Bíblia é uma tarefa legítima e essencial para o cumprimento da missão dada por Deus a Sua Igreja.
O comissionamento feito por Jesus para que seus discípulos discipulassem as nações também implica no ensino de todas as suas ordens (Mateus 28.19-20). Mas como alguém pode compreender o ensino de Cristo, revelado na Palavra de Deus, sem que esse esteja disponível em sua língua?
Pensar em tradução da Bíblia não é algo novo. Ainda no século III a.C., o Antigo Testamento foi traduzido para o grego, a fim de se alcançar os judeus da diáspora que já não falavam hebraico fluentemente. A tradução conhecida como Septuaginta (LXX) foi frequentemente citada pelos autores do Novo Testamento, o que evidencia ter Jesus e os apóstolos considerado traduções como instrumentos válidos de ensino.
Se prestarmos atenção, veremos que “língua” e comunicação eficaz da Palavra de Deus são temas presentes em toda a Escritura.
No Antigo Testamento, tomando como exemplo um dos momentos de restauração do povo de Israel, o escriba Esdras liderou o ensino do Livro da Lei (coleção equivalente aos cinco primeiros livros da Bíblia), explicando com clareza o significado do que era lido e ajudando o povo a entender cada passagem, em outras palavras, “traduzindo” o texto (Neemias 8.8 – NVT).
Já no Novo Testamento, o evento sobrenatural de Pentecostes nos mostra como o Espírito Santo capacitou os discípulos a falarem outras línguas para que pessoas de diferentes povos pudessem compreender a mensagem de Deus (Atos 2.4-11). E esses mesmos povos juntamente com todos os demais povos, nações, tribos e línguas do mundo um dia adorarão a Deus por terem sido salvos pelo Cordeiro (Apocalipse 5.9-10, 7.9-10).
Em resumo, os idiomas são “o meio pelo qual as Escrituras, que nos conduzem a Cristo, foram transmitidas a nós e o meio pelo qual as nações podem ser conduzidas a Cristo; portanto, a tradução é uma atividade espiritual e comunicativa sempre presente”, assim expresso pela Aliança Global Wycliffe, uma coligação de organizações que têm como objetivo traduzir a Bíblia para todas as línguas.
A História aponta para a transformação causada pelo impacto da Bíblia nas sociedades onde chegou.
Ao longo dos séculos, a tradução da Bíblia transformou não apenas a vida dos que creem, mas moldou culturas, influenciou leis e deixou marcas profundas em toda a sociedade. A vida humana tem sido preservada com base em princípios bíblicos como amor ao próximo, perdão, justiça, humildade, honestidade e misericórdia — práticas inimagináveis no mundo Antigo, contexto em que o Texto Sagrado foi escrito.
No mundo moderno, é impossível ignorar os efeitos da Bíblia em documentos fundamentais da nossa civilização. A própria Declaração Universal dos Direitos Humanos — um texto ético e não religioso — carrega em sua essência o conceito teológico de imago Dei, a ideia de que fomos criados “à imagem de Deus” (Gênesis 1.27). É essa revelação bíblica que sustenta o reconhecimento da dignidade inerente a todo ser humano.
Além disso, a Bíblia na língua do povo fomentou a alfabetização, para que a leitura pessoal das Escrituras pudesse ser praticada. Com a educação em erupção, escolas e universidades foram criadas — Bolonha, Oxford, Paris são alguns exemplos. Artes, arquitetura e ciência foram expressões do saber profundamente inspiradas na fé bíblica. Muitos línguas foram reconhecidas, valorizadas e ensinadas às novas gerações, em função da sistematização linguística que antecede a tradução da Bíblia.
Tudo isso aconteceu no passado, mas nosso compromisso é que continue acontecendo hoje, na medida em que unimos esforços para que mais pessoas tenham acesso à Palavra de Deus numa língua que lhes seja compreensível.
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